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Estudo prevê crescimento dos conteúdos por assinatura

Com base no comportamento do consumidor, transmissões ao vivo e conteúdos por assinatura são as grandes promessas dos próximos anos. É o que aponta o estudo global TMT Predictions, produzido pela Deloitte. Divulgada anualmente, a pesquisa indica as principais tendências sobre tecnologia, mídia, indústria e telecomunicações.

Além de ligeiro declínio no consumo de televisão tradicional, o 17º TMT destaca a aceitação de conteúdos por assinatura. Atraindo um público cada vez maior, esses serviços devem registrar neste ano um crescimento de 20% em relação a 2017. Estima-se que, até o final do ano, 50% da população adulta dos países desenvolvidos tenham pelo menos duas assinaturas. A soma deve duplicar até 2020, elevando para mais de 680 milhões o número de contas em serviços digitais. Entre os principais conteúdos consumidos estão séries, músicas e jogos online.

Apesar da comodidade dos conteúdos on demand, o interesse do consumidor em transmissões ao vivo também tem aumentado consideravelmente. Segundo o TMT, elas serão responsáveis por mais de 545 bilhões de dólares de receita direta em 2018. Tudo isso alavancado pelo domínio dos smartphones, cujas vendas devem chegar a 1,85 bilhão por ano até 2023. O total é equivalente a mais de 5 milhões de unidades vendidas por dia. Outras tendências apontadas pelo TMT 2018 são a realidade aumentada e a internet móvel dentro dos lares. Também o aumento de adlergics (os “alérgicos a anúncios”) e da conectividade em aviões.

OS TRUNFOS DOS CONTEÚDOS AO VIVO E POR ASSINATURA

Conforme o estudo da Deloitte, o aumento do consumo de mídias on demand está relacionado à maior capacidade da banda larga. A disseminação de dispositivos e a facilidade de se aderir às assinaturas também. A pesquisa indica que os consumidores querem acesso a conteúdos exclusivos quando e onde lhes for mais conveniente. Por outro lado, também desejam acompanhar em tempo real os eventos mais relevantes. Tudo para que possam compartilhar opiniões e experiências ao vivo, em redes sociais e outros canais.

Dessa forma, segundo o TMT, a utilização da rede móvel passará a ser cada vez mais universal. Segundo o estudo, um quinto dos norte-americanos vai utilizá-la como único ponto de ligação à internet nos seus lares. Ainda assim, a realidade deve ter variações de comportamento entre países. Sobretudo em relação a fatores tecnológicos, econômicos e demográficos. Em alguns países europeus, por exemplo, este cenário deverá se aplicar a apenas 10% dos lares.

SMARTPHONES, MACHINE LEARNING E REALIDADE AUMENTADA

A interação, da mesma forma que a aquisição de smartphones, também irá aumentar até 2023. De acordo com a pesquisa, os usuários devem utilizar seus aparelhos numa média de 65 vezes por dia. Isso representa um aumento de 20% em relação ao comportamento previsto para este ano. No entanto, o TMT destaca que metade dos participantes do estudo demonstraram preocupação em relação ao uso excessivo do smartphone. Por isso, em 2018, buscarão limitar ou reduzir sua interação com os aparelhos.

A verdade é que estes dispositivos substituem vários outros, como relógio, calendário, GPS, rádio e máquina fotográfica. Por isso, sua maior utilização é geralmente vista com alguma naturalidade. Outra tecnologia que se tornará mais recorrente é o machine learning, cuja utilização deve duplicar até o fim deste ano. Por sua vez, a realidade aumentada será quase um sinônimo de realidade. Em 2018, mais de 1 bilhão de usuários de smartphones criará conteúdos relacionados a ela pelo menos uma vez. Cerca de 300 milhões de pessoas farão isso mensalmente – e dezenas de milhões, semanalmente.